"Você é o que escolhe ser. Escolha o amor." Isha



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ter a razão, um hábito que nos separa em cada momento




Nossos hábitos são automáticos, atuamos sem saber por que da maneira que fazemos, está aprendido e gravado que somos assim como robôs. Nos defendemos com nossas reações quase constantemente, se observamos nossos vínculos e relações podemos detectar essas reações como as que tratamos de agredir antes que o façam, ou respondemos agressivamente por nos sentirmos feridos ou para evitá-lo.

Em todos esses momentos geralmente estamos querendo provar que temos a razão ou que o outro aprove nosso ponto de vista para estar de acordo, senão, sentimos que estão contra nós. Quando nos apegamos a nosso ponto de vista, este pode chegar a ser mais importante que qualquer outra coisa.

Como consequência sentimos uma urgente necessidade de ter a razão, algo que frequentemente exige demonstrar que o outro está equivocado e como conseqüência gera conflito. Sempre que sentimos esta necessidade de provar algo, perdemos de vista a alegria deste momento. É fácil saber quando uma ideia ou opinião está baseada em medo: vem acompanhada da necessidade de defendê-la, para proteger a ideia daqueles que não estejam de acordo. Essa é a raiz do fanatismo. O amor, ao contrário, não precisa de defesa. Trata-se de uma abertura fresca e doce que abraça as opiniões dos outros. Ao deixar de lado sua necessidade de ter a razão, você aprende a fluir com o mundo.

Para fazer isso, você não tem que decidir que se equivocou. Simplesmente tem que se abrir à possibilidade de que seu ponto de vista não seja a verdade absoluta, que no grande esquema das coisas, nem sequer importe, que na realidade esta sua opinião tão apreciada é apenas outro pensamento, é apenas outra construção da mente. Simplesmente ao ceder a essa flexibilidade lhe leva a um lugar de maior receptividade. “Eu não sei” é uma das expressões mais poderosas no caminho do crescimento interior.

Quando você perceber que não sabe algo, se abra a receber.

Observe-se. Aonde que suas opiniões se tornaram mais importantes que a paz, que a harmonia? Pergunte-se, estou brigando por minhas ideias ou estou aberto a ver uma nova perspectiva, a evoluir mais além de minha compreensão atual? Não estou sugerindo que abandonemos nossos ideais, mas não percamos de vista o que é verdadeiramente importante: sempre nos relacionarmos desde um lugar de amor.

E quando você veja que faz coisas que não tem sentido, tente não analisar superficial e intelectualmente e submerge-se um pouco mais profundo em si mesmo para sentir, experimente. Por exemplo, quando esteja vendo um filme, por acaso você se pergunta como chegou a imagem pela tela de sua televisão, de que satélite está saindo, como os milhões de pixels individuais se combinaram para criar todas as cores diferentes? Não – isso faria com que o filme fosse realmente chato!

Então por que não podemos olhar a vida da mesma maneira, inocentemente abraçando a maravilha e o mistério, o próximo capítulo inesperado ao virar a esquina? Por que estamos sempre analisando e esmiuçando tudo? A análise nos deixa atolados na densidade e complexidade enquanto o amor-consciência é o contrário: é simples, leve e alegre. Abre-nos à mudança, enquanto que a análise cria uma maior rigidez e inércia. Tente testemunhar sua vida ao invés de ficar obcecado com os porquês. E se não tivesse porquê? E se apenas fosse o que é e o único que necessitasse fazer fosse simplesmente ser?

Se você coloca empenho demasiado em entender, apenas terminará mais confuso! Ao invés disso, tente ser mais leve, mais inocente. Começará a entender as coisas desde um espaço mais profundo, além das dúvidas e das incertezas que inevitavelmente acompanham o raciocínio do intelecto. As paredes que a mente criou nos mantém em limitação.

Nos acostumamos tanto a elas que nos fazem sentir seguros, mas estes muros também nos mantém aprisionados na insatisfação. Nossa curiosidade natural está sempre nos puxando insistentemente desde o subconsciente, animando-nos a ir além do que nos é familiar e a buscar algo mais.

Cedemos a esse impulso, a esse desejo inato por explorar e descobrir e nos lancemos à aventura dentro de uma nova experiência de ser, além de tudo o que conhecemos até agora. Existe um saber que está além da mente. Diferente da compreensão intelectual que sempre vê os dados de uma discussão, esta voz nunca duvida.

Confie em você totalmente e fale com absoluta clareza. Quando aparece, chega sem aviso prévio e de repente você se encontrará falando sem sequer entender por quê. No entanto, você escutará a verdade em suas palavras. Você sentirá. Escuta. Está aí, descansando em seu interior. Você a escutará.

Isha


Texto original: http://www.losandes.com.ar/notas/2011/11/7/tener-razon-habito-separa-cada-momento-604899.asp

Tradução: Fabiana Simões

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