"Você é o que escolhe ser. Escolha o amor." Isha



quarta-feira, 27 de março de 2013

sábado, 23 de março de 2013

A arte de escutar


Vivemos rodeados por uma rede de comunicação permanente, cujos estímulos visuais e auditivos nos acostumamos com muita facilidade, quase ao ponto de nos anestesiarmos.

Mas o fato de nos informarmos não significa exatamente que nos comuniquemos. Geralmente nossas respostas, devido ao aumento da velocidade em tudo, são muito mais automáticas, quase robóticas. Isto se dá porque não temos tido tempo de parar. Parar e ver, parar e sentir, parar e ser.

Quando nos comunicamos com nossos semelhantes, raras vezes escutamos o que nos dizem e frequentemente já estamos respondendo antes que o outro tenha terminado de falar.

Em cada interação ou relação ocupamos distintos papéis: o que escuta passivamente e é apenas uma orelha para o que não para de falar, o que se comunica emotivamente, mas o outro não o tolera, enfim, há uma multitude de formas e todas tem um ponto em comum: nenhum deles na realidade está escutando a si mesmo, e portanto, não sabe como escutar nem como se comunicar com o outro.

O fato de ter orelhas lhe permite ouvir, mas ao escutar já envolve a conexão interna para verdadeiramente receber e, especialmente, sentir. Então, o primeiro passo aqui é aprender a escutar a si mesmo, e quando você consegue isso, pode profundamente escutar a todos, e então experimentará o poder de transformação que isto implica para as pessoas envolvidas.

Então, como podemos modificar isto? Como abrir as avenidas para escutarmos cada vez mais e melhor? Como conseguir mudar e assim poder verdadeiramente escutar o que os outros nos querem comunicar?

O primeiro passo é dar-nos conta, percebermos que a repetição de nossas ações, de nossas atitudes, nos leva sempre ao mesmo lugar, esse lugar automático e inconsciente, e que isso pode ser mudado. Como?

Muda quando você para e deixa de fazer as mesmas coisas robóticas e repetidas de sempre. Então vai começar a saber, a conhecer-se, a viver conectado experimentando essa diversidade e variedade tão única e singular que é cada indivíduo.

E começará a ver que não havia confiança em si mesmo, que você não se respeitava, que se forçava a fazer coisas em busca do “deveríamos”, mesmo se lhe fizesse dano. Em síntese, nossas ações não coincidem com nosso sentir, e é porque não nos escutamos. Depois deste reconhecimento tão importante, a próxima vez poderemos optar por atuar desde o amor e o respeito interno a si mesmo, e então notaremos a diferença, tanto na resposta como nos sentimentos.

Essa sensação nos acompanha e também nos ensina a fortalecer a bússola interior: o próprio coração. E poderemos começar a perceber e decidir desde aí. Quando nossas ações e interações estão guiadas desde este lugar, podemos estar presentes em nós mesmos, com nós mesmos e com os demais.

Isha

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Texto original: http://ishanoshabla.blog.terra.com.mx/2012/06/18/el-arte-de-escuchar/
Tradução: Fabiana Simões
Foto: utilizada no artigo original

segunda-feira, 18 de março de 2013

Fábrica de histórias



Minha cabeça é uma fábrica de histórias e nas suas engrenagens se produz de tudo: sonhos românticos, contos de terror, façanhas heróicas.

Produzir essas fantasias em geral é uma resposta ao presente em que vivo: respondo ao que julgo errado e não posso mudar sonhando com soluções e realidades novas e diferentes.

Mas como a avó da minha amiga dizia: "Se você julga alguma coisa, atitude ou pessoa, ou você se torna aquilo, ou você se casa com aquilo.”.

As fantasias são apenas fantasias, mas como posso transformar o meu presente em algo habitável, pleno, exatamente como ele é?

A resposta é: indo para dentro e procurando aquilo que eu julgo fora e abraçando isso dentro de mim.

Se me incomoda a corrupção, olho para os momentos em que ainda não sou 100% transparente. Se me dói a carência, a pobreza ou a solidão que eu percebo nas pessoas, reconheço isso internamente e me alimento com minha própria compreensão, meu amor e minha flexibilidade. Não que não me importem as dificuldades que os outros vivem, apenas que preciso curar isso em mim para poder atuar no mundo de uma perspectiva de amor, não de julgamento.

Encontro que compartilhar essas reflexões da minha intimidade com vocês é um momento mágico para mim. Espero que desfrutem também!

É o que eu quero compartilhar essa semana!

Abração,
Geraldo
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Geraldo Rodrigues, ator, estudante Isha e sangue bom! Escreveu isso por e-mail, achei lindo e pedi para publicar no blog. Ele deixou. :-) Desfrutem!

Com amor,
Fabiana Simões

Foto: http://jacelenadourado.blogspot.com.br/2010/09/martelando-na-cabeca.html


terça-feira, 12 de março de 2013

Mudar para ser feliz


Neste vídeo Isha fala sobre a seguinte dúvida de um estudante:
"Tenho um trabalho de muita pressão que afeta minha saúde e minha família, me dizem que o deixe, mas eu penso que quem tem que mudar sou eu para não repetir o mesmo em outro trabalho."


http://www.isha.com/pt/videos-3/isha-fala-sobre-mudar-para-ser-feliz


Desfrutem-no!

Com amor,
Equipe do Blog

quarta-feira, 6 de março de 2013

A espiritualidade do desejo



Todos nós temos desejos. E se estamos em um caminho espiritual, que atitude devemos tomar frente a eles?


Muitas tradições espirituais interpretam o desejo como contraproducente, algo que deve ser controlado e conquistado para poder se chegar a experimentar a autorrealização desejada. Outras escolas de pensamento, tais como o positivismo, levam em conta a realização do desejo de ser como o objetivo mais alto do trabalho espiritual ou busca interna.

Eu lhes proponho um enfoque alternativo: abrace o desejo, para assim poder ver através dele e ir além.

Quando negamos um desejo, ele se torna maior, se magnifica. Sabemos o que acontece quando nos dizem: “não pense num elefante”, certo? Você não pode parar de pensar nele. Mas também é certo que se queremos experimentar algum nível de satisfação interior, temos que aprender a ir além dos caprichos da mente, que anda apegando-se a tudo no externo sem cessar e que nos leva constantemente a um sem fim de altos e baixos, de conquistas e decepções, de êxitos e fracassos.

A autorrealização é o maior desejo do coração. Assim como um adulto já não está interessado nos brinquedos que fascinam uma criança, a experiência que eu chamo “o amor-consciência” faz, de alguma maneira, que outros desejos percam sua força. E isto não acontece negando o desejo, mas a liberação se encontra ao descobrir seu verdadeiro sentir, o desejo mais puro, mais profundo: o desejo do coração. Então a obsessão e a necessidade natural que rodeiam satisfações externas perdem seus poderes.

O mundo em que vivemos existe para que o amemos. Está desenhado para que nós possamos viver essa experiência ao máximo, realizando nossa própria expressão, tão única e perfeita. Vamos celebrar a vida, exploremos nossos sonhos e aspirações, e ao mesmo tempo aprendamos a cultivar uma experiência interior que nos possa levar além daqueles, para poder assim estabelecer um espaço de estabilidade e aceitação de si mesmo desde o qual possamos ver a magia da existência humana e seu desenvolvimento.

Este é o caminho do tantra. Tantra é aceitar, é abraçar todos os aspectos, sem negar nada. É o caminho do amor incondicional porque se não podemos amar a nós mesmos tal como somos, com nossos desejos e sonhos, nossos amores e ódios, então ainda estamos colocando condições sobre nós mesmos.

Nossos desejos estão matizados pelas memórias armazenadas no subconsciente. Eles não são racionais, não podem ser removidos pelo pensamento racional. Qualquer tentativa de intelectualizar a saída do desejo, em última instância, terminará na negação.

Apesar de que intelectualmente você queira deixar ir o que já não lhe serve, o sistema de apoio da matrix pessoal é o que lhe controla desde um nível mais profundo. Mas “o amor-consciência” é mais poderoso que as programações subconscientes. Ao elevar a vibração do amor, ao alimentar essa experiência, a luz de nossa consciência começa a brilhar e as sombras de nossas obsessões e medos começam a desvanecer. Seguimos elevando nossa consciência, pouco a pouco, até que a vibração se converta em algo muito mais forte que a da programação. Então a situação se inverte. O intelecto deixa de controlar e se converte em um servo da consciência, uma ferramenta para que a experiência do amor e da confiança possa interatuar com o mundo e assim dar.

Abrace seus desejos. Abrace a si mesmo. A seus ressentimentos, a seus medos e inseguranças. E veja através deles! Abraçando-os você os estará amando e dissolvendo sua força no amor. Então, descubra a maravilha da consciência e você poderá fazer com que seu foco nela cresça.

Isha
mestra espiritual e autora de “Por que caminhar se você pode voar?”

  
Tradução: Fabiana Simões
Foto: utilizada no artigo original




domingo, 3 de março de 2013

Posso superar todas as coisas difíceis e dolorosas que me passaram?



Claro que você pode superá-las, mas deixe de pensar nisso como uma forma de se torturar. Sim, você vai aprender a fazer isso, mas é importante que neste momento você sinta tudo o que emerja como emoção relacionada com estes eventos, mas não para se castigar, não para se culpar, nem se torture gerando sofrimento, mas para deixar que a emoção flua e se limpe. Isto é muito importante, pois o que fazemos geralmente é ignorar toda a emoção e fingimos que tudo está bem, assim tudo vai suave e nos sentimos próximos dos outros ou nos comportamos como acreditamos que temos que ser, mas embaixo está todo o ressentimento ou toda essa ira, muito frequentemente com os que estão mais próximos de nós. É preciso se expressar com clareza e ser real, pois caso contrário, a pessoa começa a se odiar. A verdade voa mais alto e causa unidade, sempre. A proteção aumenta o medo e nos separa.

Ser agradável, ser amável sem senti-lo, não é real, é falso, é frágil e não há conexão. Por quê? Porque vem da cabeça, é apenas intelectual, desconectado. O coração não está presente no sentir e o outro percebe.

Por dentro está esta ira e a conexão com outro e com tudo é superficial, mas se você a expressa e solta a carga... O que aconteceria? Você se reuniria com o amor. Porque o amor esteve sempre aí. Realmente é impossível odiar alguém; se você soltasse a carga amaria a todos! Então expresse, siga expressando. Não acreditem em mim, não é necessário, mas sigam esvaziando-se, expressando a carga desses julgamentos e vão soltando até que o único que sobre seja a unidade, e todo o ressentimento tenha ido embora.

Normalmente temos esses sentimentos com alguns membros de nossas famílias, e temos que nos aproximar deles ao invés de nos afastarmos e falarmos nossa verdade, aproximarmos do outro e soltar o passado. Isso é superimportante, ir soltando a carga, sermos vulneráveis, abertos e deixar de fingir porque essa é uma parte sua que você está abandonando quando a evita, quando a julga ou diz que não. E logo você irá me contar suas novas experiências ao dizer sim e aproximar-se mais. Até a próxima.

Isha, mestra espiritual, Embaixadora da Paz e autora de “Por que caminhar se você pode voar?”

Texto original: http://www.mujeractual.cl/columna-isha-como-puedo-superar-todo-lo-dificil-y-doloroso-que-me-paso/
Tradução: Fabiana Simões