"Você é o que escolhe ser. Escolha o amor." Isha



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Desfrutar versus criticar


Parece tão simples dizer, mas tão difícil fazer. Nosso olho crítico e treinamento automático vê o que está errado e atua de imediato e tinge o momento com sua percepção.

Porém vou convidá-lo a imaginar que você está aos pés do Aconcágua, a montanha mais alta da Cordilheira dos Andes. Aconcágua significa “sentinela de pedra” na língua quéchua e a montanha se destaca como um belo exemplo da conquista dos temores da mente.

Para chegar ao topo da montanha, você deve ultrapassar seus medos e centrar-se na apreciação e na alegria. Então poderá ver o mundo desde um ponto de vista transcendente, celebrando a beleza exuberante que está diante de você. No entanto, para poder chegar lá em cima, tem que fazer o caminho um passo por vez.

Se você está obcecado em chegar ao cume, não verá as flores que estão a seus pés. Você pode ir saltando sobre margaritas e passar por rebanhos de cabras que pastam na montanha (como Julie Andrews no filme Noviça Rebelde), ou caminhar ao longo da trilha solenemente rumo à sua meta sem perceber a beleza ao seu redor.

Na realidade, cada passo é o caminho: o amor, a alegria, a abundância que estamos vivendo aqui e agora.

Talvez possa aplicar isso em sua viagem através do resto de sua vida, foque-se na alegria que está sempre ao seu redor. Perceberá que alcançou sua meta sem esforço e pleno de regozijo.

Claro que às vezes agimos fora de contexto, utilizamos nosso intelecto extremadamente em situações que não competem análise, então se empreende uma experiência nova desde o sentir, receptiva, não analítica.

Por acaso, quando você está assistindo a um filme, se pergunta como chegou a imagem à tela da televisão, de que satélite está transmitindo, como os milhões de pixels individuais se combinaram para criar todas as cores diferentes? Não – isso faria com que o filme fosse realmente chato!

Então por que não podemos olhar a vida da mesma maneira, inocentemente abraçando a maravilha e o mistério, o próximo capítulo inesperado ao virar a esquina? Por que estamos sempre analisando e esmiuçando tudo? A análise nos deixa presos na densidade e complexidade, enquanto o amor-consciência é todo o contrário: é simples, leve e alegre. Abre-nos à mudança, enquanto que a análise cria uma maior rigidez e inércia.

Tente testemunhar sua vida em vez de obsessionar-se com os porquês. E se não tivesse por quê? E se apenas fosse o que é e o único que você necessita fazer fosse simplesmente ser? Se você coloca demasiado empenho em entender, apenas terminará mais confuso! Ao invés disso, tente ser mais leve, mais inocente. Começará a entender as coisas desde um espaço mais profundo, além das dúvidas e das incertezas que inevitavelmente acompanham o raciocínio do intelecto.

Através do tempo, as pessoas têm utilizado diversas práticas para ajudar-lhes a transcender o sofrimento e descobrir a paz interior. O importante é que você vá para dentro, conectando-se internamente e o uso de qualquer prática permitirá que seja muito mais fácil fazê-lo. Dedicar tempo à prática diariamente dará lugar a um maior autoconhecimento e autoconfiança.

A prática da introspecção pode ter um número infinito de formas, desde a oração, a meditação, os cânticos, ásanas de yoga, vipássana, o tai chi, até manter um diário escrito. Eu recomendo meu Sistema e suas facetas porque é o que eu usei em minha própria viagem interior. O que seja que use neste sentido, será uma excelente ferramenta para ir além da superfície da mente. Inclusive a mera contemplação da natureza, de seu respirar, das batidas de seu coração. Dentro de você está tudo.

Isha, autora do livro “Por que caminhar se você pode voar?

Texto original: http://www.emol.com/tendenciasymujer/Noticias/2013/01/16/23706/Disfrutar-versus-criticar.aspx#.UPhHHZsUSSI.email
Tradução: Fabiana Simões

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